Som baixo atrapalha encontro de Milton e Esperanza Spalding.

Parceria encontrou tom ideal e encaixou muito bem.
Falta de acústica tornou difícil ouvir às duas vozes do encontro.

Do G1, no Rio

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Milton Nascimento divide o palco com a contrabaixista e cantora americana Esperanza Spalding (Foto: Alexandre Durão/G1)

O show que tinha tudo para dar certo, quase não foi ouvido. O encontro entre Milton Nascimento e Esperanza Spalding já tinha sobrevivido à chuva que assustou por cinco minutos a Cidade do Rock, o público na área do Palco Sunset estava claramente a favor de Milton, e Esperanza conseguiu em poucos segundos conquistar quem ainda não conhecia com um carisma impressionante e uma belíssima voz. O problema é que o sistema de som atrapalhou. Faltou uma acústica que favorecesse um encontro de jazz e MPB, e o volume baixo do som quase apagou o brilho do encontro que era um dos mais esperados do Sunset.

A parceria se mostrava bem montada desde o começo da apresentação, com Milton e Esperanza encontrando um tom para encaixar as duas vozes. A cantora e contrabaixista de jazz americana, eleita artista revelação no Grammy de 2010, começou a roubar a atenção do show logo no começo da apresentação. Cantando meio em português meio em inglês, ela conquistou o público que a aplaudiu muito.

Aos poucos entretanto, percebia-se que o baixo som apagava um pouco do brilho. O público antes grande e animado começou a se dispersar lá pela terceira música, quando já ficava difícil ouvir o que era cantado e entender que música estava sendo apresentada. As conversas paralelas atrapalhavam escutar o show, que soaria muito melhor em um espaço mais fechado.

Somente no final do show, quando os dois tocaram o hit de Milton "Maria maria" é que o som foi ouvido por completo e em bom volume. O público ajudou, e cantou junto, batendo palmas e aplaudindo a boa apresentação que perdeu valor por questões técnicas.